Boa noite pessoal, um ótimo domingo pra todo mundo. E pra começar bem a semana eu vim aqui contar uma história pra vocês que
acompanhei de perto e até
pra mim que estou nesse mundo animal há alguns anos é surpreendente e nos faz enxergar a adoção de outra forma. É a história da Belinha.
No final de 2015, uma voluntária de uma ong de proteção animal encontrou uma cadelinha poodle bem debilitada vagando sozinha pela rua, ela parecia ter dificuldade pra andar e pra enxergar. No mesmo dia encaminhou o animal para uma avaliação no veterinário (PONTO IMPORTANTE: sempre
que encontrar um animal na rua e tem a intenção de ajudá-lo, antes mesmo de o levar pra casa, deve-se
passar por uma avaliação com um profissional capacitado, pois como
já dissemos aqui no blog, existem doenças
transmissíveis para outros animais e para pessoas, e o veterinário poderá te
alertar das condições físicas desse novo animal e orientá-lo na fase de adaptação, seja para prepará-lo para adoção ou para reintrodução em um novo lar). Continuando, Belinha foi
levada ao veterinário (ate então não havia idéia de como era seu verdadeiro nome e muito
menos de como era sua história), após a avaliação no consultório veterinário, veio a
surpresa, nada animadora, Belinha já era uma cachorrinha velhinha, entre 8 a 10
anos de idade, era cega e tinha vários nódulos na mama (tumores de mama). Poxa
vida, pra quem já conviveu nesse meio de resgate de animais, sabe a dificuldade
de encontrar um lar para um animal saudável, agora, quem dirá pra uma
cachorrinha igual a Belinha? E ai, vem a parte mais legal da história, eu não conheço sua crença, mas seja por coincidência de destino, coincidência divina ou uma
força maior, quando a Belinha ainda estava no
consultório, uma das clientes da clínica chegou pra buscar suas duas cachorrinhas
poodle, Nina e Milk, que estavam no banho e se deparou com a Belinha, ficou
super encantada com a história e na mesma hora decidiu que ficaria e cuidaria
dela mesmo sabendo de todos os seus problemas. CARAMBA!!! Foi um choque geral,
sabe aquelas cenas que você não sabe se está realmente acontecendo? Ou se é sua imaginação? Nesse momento, Belinha se tornou Belinha.
E a adaptação da Belinha na nova casa, na nova rotina?
100%. Isso mesmo, após estar liberada pra ir pra casa, Belinha não encontrou nenhuma dificuldade em se adaptar na nova casa, aprendeu
rapidinho a latir na hora da comida, junto com suas novas amigas, aprendeu a
subir as escadas (mesmo cega? Sim, o poder de adaptação desses animais é incrível) e aprendeu onde era o melhor lugar
da casa, na cama da sua nova dona. Que delícia né,
mas a história não pára por ai. Poucas semanas após Belinha
estar na sua nova casa, aconteceu algo muito estranho, no meio da noite,
Belinha estava na cama e começou a ficar muito agitada, ninguém estava
entendendo o que ela queria e de repente, Belinha pariu um filhote, um único
filhote, já morto. COMO ASSIM? Após a avaliação do veterinário, descobriu-se que quando Belinha
foi resgatada, ela já estava prenha e provavelmente devido ao abandono e a
falta de condições que o corpo dela sofreu nesse período, que
não se sabe ao certo quanto tempo foi, não houve condições do organismo dela sustentar tal gravidez.
Belinha se recuperou rápido de tal circunstância e quando já estava bem, passou por novos exames pré-operatórios
e realizou sua primeira cirurgia de retirada de tumores mamários. Sua recuperação foi excelente e o tratamento não acabou por ai, ela realizou algumas sessões que quimioterapia, pois ainda haviam outros tumores, e novamente,
quando liberada pelo médico
veterinário oncologista, Belinha passou por uma segunda cirurgia para a
retirada do restante dos nódulos mamários que ainda haviam e mais uma vez,
Belinha se superou, recuperação 100%. Após a segunda cirurgia Belinha
passou por mais algumas sessões de quimioterapia e recebeu alta do
tratamento (PONTO IMPORTANTE: a cirurgia aqui citada é a mastectomia, ela
pode ser bilateral, unilateral ou parcial, dependendo da indicação do médico
veterinário, e sempre acompanhada da castração, sendo que em alguns casos, após alguns exames, é necessário a quimioterapia). Enfim, Belinha hoje não poderia ser mais feliz, agora o próximo passo é cuidar do olhinho, já passou por avaliação com o oftalmologista veterinário e está tratando um problema de
falta de produção de lágrimas para depois pensar na possibilidade de uma cirurgia
para recuperação da visão. Linda a história da Belinha né? Gostaria
de deixar aqui a minha homenagem pra tutora da Belinha, que além de ser uma
pessoa super especial, soube como ninguém ter paciência na sua adaptação e proporcionou pra Belinha uma vida que ninguém
poderia imaginar, você
já pode dizer em voz alta
que salvou uma vida, com muito, muito orgulho! Expresso aqui a gratidão da Belinha, ela te ama muito ❤ E no final do
ano passado, Belinha pode conhecer o mar, isso mesmo, viajou com a tropa toda
pra praia, e se divertiu muito. Adotar realmente é tudo de bom, desde que essa
ação seja realizada com
muito responsabilidade e consciência.
Se você também tem
uma história de adoção, conta pra gente, ficaremos super felizes em
compartilhar desses momentos com vocês.
No final de 2015, uma voluntária de uma ong de proteção animal encontrou uma cadelinha poodle bem debilitada vagando sozinha pela rua, ela parecia ter dificuldade pra andar e pra enxergar. No mesmo dia encaminhou o animal para uma avaliação no veterinário (
Até a próxima pessoal, espero que tenham gostado.
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