sábado, 8 de outubro de 2011

Leishmaniose


O que é?

A leishmaniose é uma zoonose, causada por um protozoário intracelular do gênero leishmania, e é considerada a 2° doença causada por protozoário que mais mata no mundo.

Como é transmitida?

A transmissão ocorre através da picada do mosquito hematófago Lutzomya contamido. E NÃO se transmite do animal para o homem, animal para animal, ou homem para o homem.

Quais são os tipos de Leishmaniose?

Existem dois tipos de leishmaniose a cutânea e visceral.

Leishmaniose cutânea: é caracterizada por lesões cutâneas persistentes, mas geralmente auto limitante, sendo elas ulceradas com bordos elevados, principalmente em região de orelhas, focinho, e bolsa escrotal, e em poucos casos apresenta lesões disseminadas, e geralmente o animal se apresenta num bom estado geral.

Leishmaniose visceral: conhecida também como Calazar, é uma forma clínica mais grave da doença, podendo desenvolver uma doença sistêmica fatal. Porém os animais podem apresentar-se assintomáticos ou com poucos sinais. No inicio surgem sinais dermatológicos como descamação, seborréia, unhas anormalmete grandes, ulceração e quedas de pêlos, que costuma ser simétrico, e com o desenvolver da doença tem queda de peso, atrofia muscular, oscilação de temperatura, apatia, alterações oftálmicas, podendo levar até a cegueira, ceratoconjuntivite, anemia intensa, sangramento nasal, baço e fígado aumentados de tamanho.
A queda de imunidade agrava muito as condições do animal, já que aumenta a chance de desenvolver outras doenças.

Como diagnosticar?

O diagnóstico se da pelos sinais clínicos e exames laboratoriais confirmatórios.

Tem tratamento?

Este é um ponto muito discutido, já que muitos defendem que os animais positivos devem ser sacrificados e outros acreditam que devem ser realizado o tratamento, já que esta é uma zoonose de grande importância para saúde pública, outro ponto é que com o tratamento muitas vezes não leva a cura do animal, apenas elimina os sinais clínicos e a progressão da doença.

Como posso proteger meu pet?

Como a transmissão se da pelo mosquito, então é importante evita-los colocando telas em janelas, não deixar o animal exposto ao entardecer que é o horário que mais tem mosquitos, uso de colares impregnados por deltametrina, e vacinas.


A LEISHMANIOSE É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA!

 Imagens: WSPA
                 Portal São Francisco



Até a próxima!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Habronemose


A habronemose é uma doença causada por uma larva parasita (helminto) que tem como vetor, moscas infectadas. Todas são de fácil diagnóstico, pois a doença é bem característica com suas feridas. Ela pode se manifestar em 4 formas:


Conjuntival: aparecimento de uma ferida nos olhos, geralmente no canto do olho e acomete animais de todas as idades. As larvas deixam na mucosa ocular seus ovinhos, gerando as lesões. A córnea fica avermelhada, irritada, inchada, lacrimejamento constante, coça e, quando não tratada adequadamente, pode evoluir para úlcera.

Pulmonar: larvas depositadas próximas ao nariz migram para os pulmões, gerando granulomas parasitários próximos aos bronquíolos que formam abscessos, podendo levar a uma periobronquite nodular com leves sinais de bronquite. Essa forma geralmente não apresenta sintomas!


Gástrica: ocorre quando os animais ingerem a larva do parasita. Forma de difícil identificação, também geralmente não apresenta sintomas. Quando chegam ao estômago, essas larvas instalam-se e se desenvolvendo até a fase adulta, quando liberam seus ovos no ambiente junto com as fezes dos animais parasitados que atraem moscas que se contaminam, dando continuidade ao ciclo. quando não for devidamente tratada, pode levar o animal à óbito.


Cutânea: é a forma mais comum. É sazonal, sendo conhecida como "ferida de verão". Iniciada geralmente por causa de uma lesão já existente no animal ou em locais onde ele não consegue retirar as moscas. Haverá problemas de cicatrização da lesão em conseqüência do desenvolvimento dessas larvas no ferimento, criando um tecido de granulação cutânea e uma secreção com pus.

O controle da doença é feito através do controle de vetores, evitar que o animal se machuque, cobrir feridas abertas e uso de repelentes!
Sempre limpar quando em forma de ferida (nos olhos e na pele) e chamar o Veterinário assim que os problemas surgirem!

http://www.infoescola.com/doencas/habronemose-equina/
http://www.saudeanimal.com.br/artig138.htm

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Meu cão/gato tem um nódulo, e agora?


Os nódulos em cães e gatos podem ter várias origens. As neoplasias ainda são mais comuns, mais existem ainda os processos inflamatórios, os abcessos, entre outros. Os fatores envolvidos na formação das neoplasias não são bem conhecidos mas envolvem predisposição genética entre outros. No caso das neoplasias mamárias a aplicação de anticoncepcionais pode desencadear a formação de nódulos (neoplasia mais comum entre cadelas). Seu animalzinho pode não desenvolver sintomas relacionados ao nódulo e sua localização mas isso não quer dizer que ele não está sendo prejudicado por aquilo, algumas neoplasias tem maior incidência de metástase (nódulos secundários em órgãos originados do nódulo primário e muito mais agressivo).

Dentre as neoplasias que acometem os cães, as mais comuns estão:

*Osteossarcoma: acomete geralmente cães de grande porte, é um tumor ósseo, muito agressivo e com alto potencial metastático. Localizado geralmente em membros.
* Neoplasia mamária: é a mais comum das neoplasias em cadelas e gatas, acomete mais ou menos 50% da população canina, localizado nas mamas ou ao redor delas.
*Linfoma: neoplasia que acomete os linfócitos (células brancas de defesa do organismo), se caracteriza pelo aumento dos gânglios linfáticos (em baixo das patas da frente e na região inguinal nas patas traseiras).
*Mastocitoma: neoplasia cutânea (pele) mais comum nos cães, pode se localizar em várias regiões e o Boxer é o mais acometido.

Entre os gatos as mais comuns são:

*Carcinoma de células escamosas: acomete geralmente animais de pelagem clara, deve se diferenciado de enfermidades fúngicas, geralmente localizado em extremidades como ponta das orelhas ou patas e também no plano nasal.
*Neoplasia mamária: igualmente nas cadelas, nos gatos tem um comportamento diferente e geralmente é mais agressivo.
*Leucemia: acomete o sistema hematopoiético do animal (produção de células sanguíneas), acomete geralmente animais infectados com FelV.
*Linfoma: igualmente nos cães também.

A partir do momento em que você percebeu a presença desse nódulo existem algumas medidas a serem tomadas, como:

- inspecione o seu animalzinho a procura de mais nódulos;
- veja se há a possibilidade de aquilo ser simplesmente um machucado ou uma mordida de inseto;
- não espere para ver se o nódulo desaparece, leve seu animalzinho ao veterinário e peça um exame completo;
- dentre os exames necessários, peça uma citologia aspirativa (coleta de células do nódulo) para identificação do tipo do nódulo, se ele é mesmo uma neoplasia (câncer) ou simplesmente um processo inflamatório. Se caso a citologia der inconclusiva (o que é comum), peça uma biópsia para exame histopatológico que irá diagnosticar mais precisamente que tipo de células esse nódulo contem e se ele é maligno ou não. A biópsia é um processo mais agressivo, portanto sempre comece com a citologia se o nódulo foi percebido a pouco tempo e se é único.
- Peça sempre, sem exceção, um exame radiográfico completo para verificação de presença de metástases;
- Exames complementares como Ultrassonografia, hemograma completo também devem ser feitos.


Após os exames e o diagnóstico definitivo, existem várias possibilidades de tratamento. Na neoplasias em que há a possibilidade de remoção cirúrgica, os resultados tem sido satisfatórios quando a técnica empregada é feita corretamente e a neoplasia é removida com uma ampla margem de segurança. No caso de metástase a quimioterapia associada com a radioterapia ou só a radioterapia são os procedimentos de eleição.
O diagnóstico de uma neoplasia sem cura não é necessariamente indicativo de eutanásia (sacrifício). Nesses casos é feito um tratamento paliativo (sintomático) com medicamentos que proporcionarão um alivio e uma melhora na qualidade de vida desse animalzinho.
A quimioterapia é o procedimento de eleição para os linfomas e leucemias, os efeitos colaterais são menos severos que nos humanos, as drogas são administradas endovenosamente e por serem tóxicas é feito um período de fluidoterapia antes e
depois das sessões para evitar o acúmulo dessas substâncias no organismo.

A observação contínua de seu animalzinho, as visitas regulares ao medico veterinário, alimentação balanceada, castração e o não uso de anticoncepcionais são alguns dentre os muitos meios de prevenção dessas neoplasias. Acaricie sempre seu amigão e enquanto isso verifique tudo nele, desde a presença de ectoparasitas até os nódulos, além de estreitar os laços entre vocês, você vai estar colaborando com a saúde desse que te traz tanta alegria, amizade e amor.

Eu fico por aqui, até a próxima.





fontes:


terça-feira, 4 de outubro de 2011

A RAIVA

A Raiva é uma doença contagiosa, causada por um vírus e umas das mais graves zoonoses. Tem caráter agudo, ou seja, quando seus sintomas aparecem, são muito intensos. É de grande importância na saúde pública, principalmente por ser considerada incurável.
Sua transmissão se dá principalmente a partir da saliva de cães ou gatos doentes, ou mesmo aqueles que já foram infectados pelo vírus da Raiva, mas que ainda não apresentaram os sintomas, portanto, por mordeduras de cães e gatos, ou arranhões, uma vez que esses cães salivam excessivamente e podem contaminar suas patas com saliva, transmitindo a doença por arranhões.As mordidas nos braços e rosto são mais perigosas, pois o vírus ataca o sistema nervoso. Além disso, morcegos hematófagos, aqueles que se alimentam de sangue, também transmitem a doença, tanto para os animais quanto para o homem.

Após a mordida, o período em que o vírus permanece no corpo do animal ou do homem é de 20 a 60 dias até apresentar os primeiros sintomas, por isso a importância de observar por um tempo um animal que possivelmente te mordeu, pois ele pode ter o vírus da raiva, mas ainda não apresentou os sintomas e já está transmitindo a doença.

NO CÃO
São 3 tipos de Raiva que o cão pode apresentar:
- Raiva Furiosa: primeiro o animal muda seu comportamento, procura lugares escuros, não pára quieto, não atende ao chamado do dono, late ou morde o ar sem motivo aparente, recusam comida, procuram água mas não conseguem beber, salivam muito. Em seguida, se tornam violentos, fogem de casa, atacam outros cães, até entrar no estágio paralítico, seguido de morte.
- Raiva Muda: os primeiros sinais são iguais ao da Raiva furiosa, além disso, o cão se apresenta muito sonolento, neste tipo de raiva o animal não passa pelo período de excitação, ele segue direto para as paralisias, começando pelo queixo caído, mantendo a boca sempre aberta, e com isso, os sintomas se agravam até a morte do animal.
- Raiva Intestinal: neste tipo de raiva, o cão apresenta vômitos, cólicas, gastroenterites hemorrágicas, não apresenta sinais de agressividade nem paralisia, mas morre em poucos dias. É o tipo mais raro.

NO HOMEM
Os sintomas são basicamente os mesmos que nos animais, sendo os principaisa sensação de falta de ar, hidrofobia (horror à água), insônia e angústia.

Por ser considerada incurável, tanto para animais como humanos, é IMPRESCINDÍVEL seu controle.
E para isso alguns cuidados são fundamentais:

- Os cães e gatos devem ser vacinados anualmente contra a Raiva.
- Ao ter conhecimento de morcegos na sua região, previna-se iluminando áreas externas, coloque telas em janelas, feche passagens para porões, forros, sótãos.
- Na presença de um morcego, não toque nele, principalmente de dia, pois os morcegos são animais noturnos, e quando avistados de dia, é porque normalmente estão doentes, nestas situações, contate o Centro responsável pelo controle de zoonoses da sua região e solicite vistoria.
- Nos casos de suspeita de contato com morcegos, consulte um médico ou órgão oficial de controle da raiva.
- Se tiver contato com um cão ou gato raivoso ou suspeito, procure o Centro de zoonoses de sua cidade, para aplicação da vacina pós-exposição.
- Se foi mordido por um cão ou gato raivoso, não o sacrifique, ele deverá ser observado por pelo menos 10 dias, se ele apresentar os sintomas, você precisará tomar a vacina, caso contrário, não é necessário.
- Animais vacinados contra a Raiva, que forem mordidos por animais raivosos/suspeitos ou morcegos em áreas endêmicas, devem ser revacinados e observados por 90 dias.
- Animais não vacinados que forem mordidos por animais raivosos/suspeitos ou morcegos devem ser sacrificados, ou se o dono não concordar, deverão ser isolados durante 10 dias, e após este período, se estiver sadio, poderá voltar ao seu dono.


Para que as medidas de controle sejam eficientes, é necessário que a população apóie ações das autoridades de saúde, como Campanhas de vacinação Contra Raiva. A conscientização da população de que a Raiva é uma doença incurável, que leva a morte lenta e com grande sofrimento é importantíssima para evitar que esta doença se espalhe. Os cuidados mínimos, como a vacinação de animais de cães e gatos anualmente, podem salvar a vida de muitas pessoas e outros animais.

As vacinas de cães e gatos devem ser administadas a partir dos 4 meses de idade, com reforço após 1 ano de idade e depois disso, anualmente. Sempre feitas por um Médico Veterinário, ou Órgãos de Saúde Pública.



Nós, do ConscienciaPet apoiamos as Campanhas de Vacinação feitas nos municípios para o controle da Raiva. Esta semana, integrantes do blog com mais alguns alunos de Veterinária da UNOPAR foram para Cambé auxiliar na Campanha de Vacinação Contra Raiva em parceria com a Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária da cidade. Grupos de alunos e instrutores percorreram a cidade, de casa em casa, vacinando cães e gatos gratuitamente. Em Cambé foram encontrados 2 morcegos posistivos para Raiva, por isso a importância da Campanha. Aqui estão algumas fotos da Campanha de Cambé, cedidas pela nossa amiga e colega de classe Renata Cilião, feitas durante esta terça-feira acompanhada da aluna Eloisa Nickenig. "Tal vacinação é de imensa importância, uma vez que por ventura o animal entre em contato com morcegos, já estará imune à doença, ressaltando ainda que a ajuda dos proprietários, tanto na conteção como compreensão foi imprescindível para realização da campanha. Agradecemos o grande apoio por parte deles.", destaca Renata.


 Renata e Eloisa distribuíram folders sobre vacinação, vermifugação e cuidados gerais, além da conscientização dos proprietários e vacinação de cães e gatos contra a Raiva.


Obrigada, e até a próxima!



domingo, 2 de outubro de 2011

Cão ou Gato?

Quando alguém resolve ter um pet pela primeira vez sempre vem a dúvida: qual espécie escolher? E como os mais comuns são os cães e os gatos resolvi listar para vocês algumas vantagens e desvantagens que podem ajudar  na hora de escolher um bichinho.

Cães: 

Vantagens: São amorosos e companheiros, sem contar que ajudam a proteger a casa, mesmo quando pequenos pois servem de alarme. Geralmente são ótimos com crianças e aprendem as regras da casa facilmente.
Desvantagens: Dão trabalho, principalmente quando filhote que estão aprendendo a se comportar (mordem tudo o que veem pela frente). Fazem mais sujeira que um gato e não se limpam sozinhos. São totalmente dependente de você e o fato de serem tão amorosos e companheiros implica em precisarem de atenção. O custo de criar um cachorro tende a ser um pouco mais alto, pois, são mais gastos (banho, tosa, comida, veterinário, etc). 

Gatos:

Vantagens: A principal: se limpa sozinho. Você pode ficar várias semanas sem dar banho. Fazem coco e xixi na caixinha de areia, e ninguém tem que ensinar isso para eles. São independentes, eles dificilmente vão entrar em depressão se você tiver pouco tempo para ele, o que funciona muito bem pra quem trabalha o dia todo. Também são companheiros e amorosos, e o custo com certeza é bem menor.
Desvantagens: São donos deles mesmos, dificilmente você vai ensinar pra um gato o significado da palavra não. Você pode facilmente ser mordido ou arranhado, as vezes até mesmo pra chamar atenção. Sobem em cima de tudo e isso significa que tudo pode ir pro chão, então deve-se tomar cuidado com vasos e enfeites que quebram. Podem estragar o sofá arranhando e em casas fica difícil controlar o acesso a rua, fazendo com que eles fiquem mais susceptíveis a doenças e brigas.

Belinha e Cookie - Arquivo pessoal
Agora é só escolher o que funciona melhor pra você! 
No caso de querer os dois tente criar eles juntos desde filhotes que aí a adaptação é bem mais fácil. No caso de já ter um gato e pegar um cachorro é normal o gato dar uns tapinhas no cachorro pra mostrar quem manda. No caso de ter um cachorro e pegar um gatinho só deixe eles juntos quando você estiver por perto, pelo menos até você ter confiança total que o cachorro não vai morder o gato. Mas normalmente eles convivem muito bem juntos!