domingo, 11 de dezembro de 2011

O HOMEM QUE OUVE CAVALOS





Para todos que se interessam por animais, não somente cavalos, e que gostariam de se relacionar melhor com eles, uma leitura imperdível. (Daily Telegraph) Extraordinário... Enquanto Roberts fala, a sabedoria nascida de uma vida imensamente variada sai flutuando de dentro
dele... Surpreendente, multifacetado e definitivamente enriquecedor. (Sporting Life) O dom inigualável de Monty Roberts para lidar com cavalos fez dele um mestre na utilização da linguagem na comunicação, chamada por ele de Equus. A obra O Homem que Ouve Cavalos ficou por mais de um ano na lista dos dez best-sellers nos EUA e na Inglaterra, segundo a revista Publishers Weekly.


Roberts utiliza métodos revolucionários de comunicação, os quais já empregou em mais de 3.000 animais, ao longo de mais de 40 anos de trabalho. O amor pelos cavalos, que considera irmãos, e seu aguçado senso de observação fizeram dele um pioneiro na comunicação.



A realidade que supera a ficção

Monty Roberts nasceu em Salina, Califórnia, em cima de um cavalo. Seu pai domava os animais pelo tradicional método de "machucá-los para não ser machucado". Desde cedo, Monty discordou do velho em quase tudo. Seu amor pelos cavalos , que considera irmãos, e seu aguçado sendo de observação fizeram dele um pioneiro na comunicação com os animais- não apenas equinos, diga-se de passagem- e o levaram a entender a linguagem que batizou de "Equus". Ouvindo-os, ele os iniciou para corridas e rodeios sem chicotes, sem esporas e, o que é fundamental, sem violência alguma. Neto de uma índia, cresceu ouvindo como os cherokees lidavam com cavalos, búfalos e cervos. Portador de uma deficiência visual que só lhe permite enxergar em preto e branco, o jovem Monty podia ver à noite com mais clareza que qualquer caubói do velho oeste. Detectava com absoluta perfeição a movimentação das manadas selvagens dos mustangues pelas pradarias e florestas até mesmo na escuridão. Descobriu que é a égua mais velha que traça os itinerários e castiga os potros mais rebeldes. Descobriu ainda que o papel dos garanhões é apenas cuidar dos seus haréns e vigiar os animais predadores.



Além de ter participado de shows equestres, Monty foi dublê de cavaleiros do cinema, jóquei de quartos de milha e treinados de famosos campeões de corridas . Teve, naturalmente, muitos problemas de coluna e foi obrigado a submeter-se a uma cirurgia na espinha dorsal, tendo passado vários meses sem porder andar.



O seu sistema de domar animais selvagens é problemático o leva a percorrer a europa e os Estados Unidos fazendo apresentações. Em menos de 40 minutos encilha o animal mais chucro, que obedece de boa vontade aos seus comandos. Que lhe sugeriu escrever este livro foi a sua grande admiradora, a rainha da Inglaterra, que não poucas vezes encontrava tempo para tomar chá com ele no Jardim de Buckingham e falar sobre hipismo, a paixão comum. "foi uma das coisas mais lindas que já vi na vida", disse a soberana ao ver o trabalho de Monty pela primeira vez.



Além disso tudo, Monty é um belo escritor, um grande contador de histórias, e, embora seja um livro de não-ficção, eu o li como um romance de aventuras. Para quem gosta de animais, esta é uma leitura imperdível. Para quem trabalha como animais, é obrigatória. Até mesmo quem nunca se interessou por animais vai passar a olhá-los com maior carinho. Todos constatarão que Monty Roberts não é apenas o melhor domador de cavalos do nosso planeta, mas também um ótimo pai e esposo, amigo dos seus amigos, um raro ser humano. Ele não só ouve os cavalos, mas também fala com eles. Quem assistiu a "Encantador de cavalos", Robert Redford, terá a oportunidade de ver que a realidade supera a ficção. Mais do que ouvir cavalos, Monty fala com eles.


Espero que gostem, até o próximo post

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