quarta-feira, 6 de julho de 2011

Diabetes em cães e gatos?



Sim, eles também tem e é mais comum do que se pensa. Existem raças com predisposição para esse tipo de enfermidade como: cocker spaniel inglês, schnauzer, poodles, boxer, dachshund, rotweiller, pinscher, beagle, labrador e samoieda, acometendo animais adultos e idosos. Outros fatores como a obesidade, uso de corticosteróides, hiperadrenocorticismo e hepatopatias são determinantes para o aparecimento da diabetes em cães. Já nos gatos os fatores predisponentes são a obesidade e o uso de cortisona.

A diabetes se caracteriza pela não produção de insulina ou pela baixa produção de insulina. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, e é essencial para a vida. Para funcionar, as células do organismo precisam de energia (açúcar). A insulina é a responsável por permitir a entrada de energia na célula. Quando não existe insulina no sangue, ou em quantidade insuficiente, o açúcar permanece na corrente sanguínea, o que chamamos de hiperglicemia.

Os sintomas mais comuns são consumo de água e urinar excessivos, catarata e nos gatos um sinal característico é o andar de coelho (apoio das patas traseiras no chão para andar). Pode haver perda ou ganho subitos de peso. Na urinalise (exame laboratorial de urina) a glicose deve estar ausente, caso esteja presente é um sinal de diabetes, se houver corpos cetonicos o animal deve ser atendido imediatamente. Letargia e debilidade são sintomas agudos e o animal deve ser encaminhado para o atendimento de emergência.

Para ser diagnosticada, além da urinálise, é necessário ser feita a dosagem de glicose do sangue. Os niveis normais em cães ficam entre 70 a 120, no gato de 70 a 150.

Após o diagnóstico fechado da enfermidade é começado o tratamento, que é semelhante ao de humanos. É feito com insulina e precisa de ajuste da dosagem pois, cada animal responde de um jeito. Após a dose ajustada é feita a curva glicêmica, a correção da dieta e é iniciado um processo de condicionamento físico para o animal. As fêmeas devem ser castradas.

Existem ainda os hipoglicemiantes orais que estimulam o pâncreas a produzir insulina, mas existem estudos dizendo que esse tipo de medicamento acaba prejudicando ainda mais o pâncreas. A insulina ainda é o medicamento de eleição, sendo mais comodo (por ser injetável) e eficiente.

Algumas vezes a correção da dieta desses bichinhos é suficiente. Após estudos, foi recomendado que os gatos recebam uma dieta pobre em carboidratos (reduz a quantidade de insulina necessária e mantém a variação de de açúcar no sangue baixa e mais previsível) e os cães recebam uma dieta com teor médio de carboidratos e alta concentração de fibras. Cães com pancreatite necessitam de uma dieta restrita em gordura.

A neuropatia nos gatos (andar de coelho) muitas vezes é tratada com um forma específica de vitamina B12. A neuropatia passa sozinha de 1 a 3 meses após a correção da glicemia mas, relatos apontam que a cura é mais rápida com o uso da vitamina.

Mesmo com o tratamento correto e a observação do proprietário pode ocorrer a hipoglicemia nos animais. Os sinais são depressão, confusão, tontura, perda do controle de excreção da bexiga e em seguida vomitos, perda consciencia e convulsões. O animal deve ser levado imediatamente ao veterinário se for diabético e apresentar algum desses sinais.

Os animais diabéticos devem ser levados periodicamente ao veterinário para avaliações de glicemia, peso e exames laboratoriais. A vida desse bichinho, após a glicemia controlada, é normal com algumas restrições, mas com o cuidado adequado eles podem viver por muitos anos.

Eu fico por aqui e até a próxima!! ;D

Fontes:

http://www.euamocaes.com/2011/06/diabetes-em-caes-e-gatos.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_em_c%C3%A3es_e_gatos

http://petcare.com.br/blog/diabetes-em-caes-e-gatos/


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