quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Epilepsia em cães e gatos!


Olá pessoas!

Sempre quando um estudante de veterinária vai para suas reuniões familiares ou de amigos, os mais curiosos sempre perguntam mais bicho também tem doença de gente? sim e algumas são tão assustadoras neles como em nós, como é o caso da epilepsia.

A epilepsia em cães pode ter várias razões: idiopática (que é quando a gente fala que não tem uma causa esclarecida), traumática (lesões em certas regiões do cérebro) por intoxicações, seja por medicamentos ou neurotoxinas, neoplasias intracranianas, entre outras.

A convulsão nada mais é que uma descarga excessiva nos neurônios, superestimulando-os e gerando os sinais característicos. A epilepsia é caracterizada por uma série recorrente de convulsões. Uma só convulsão não caracteriza a epilepsia, ela pode ter n razões para ter acontecido e se a causa for corrigida o seu animalzinho raramente irá apresentar outra.

As convulsões devem ser reconhecidas corretamente: se o seu animalzinho simplesmente caiu no chão e levantou, se ele deita e fica rolando de um lado para o outro provavelmente isso não é uma convulsão. Os sinais desenvolvidos vão ser de acordo com a área afetada do cérebro que recebeu a descarga e podem ser discretos (músculos ao redor da boca ou olhos ficam tremendo, sem perda de consciência) ou mais graves e generalizados (como perda da consciência, o animal vira os olhos, se debate, tem contração muscular, etc..).

A convulsão costuma durar de 2 a 3 minutos no máximo, se o seu animal começar a convulsionar por mais tempo que isso, ele está em o que a gente chama de status epileticus e é muito perigoso, deve ser encaminhado imediatamente a uma clínica ou hospital veterinário,
pois se não controlado pode levar a morte de seu peludinho.

Se o seu animalzinho for diagnosticado com epilepsia, os cuidados com ele serão mais intensos do que com um animalzinho normal. Desde que o controle medicamentoso seja feito rigorosamente seu cãozinho ou gatinho vai viver normalmente, mas o medicamento utilizado tem que ser dados nos horários estipulados sem falta, pois alguns minutos de atraso podem diminuir a concentração dele no organismo e gerar mais convulsões ou até mesmo um status epileticus.

Quando seu animalzinho tiver uma convulsão, não se assuste para não assusta-lo ainda mais e mantenha a calma (eu sei que é difícil mas é necessário), retire objetos de perto dele que ele possa vir a se machucar e espere ou faça o controle medicamentoso com o remédio prescrito pelo veterinário.

O tratamento é pelo resto da vida do seu bichinho, porque infelizmente a epilepsia não tem cura, e deve ser feito rigorosamente como eu citei aqui em cima, com o acompanhamento de seu veterinário de confiança regularmente.

Eu fico por aqui e até a próxima pessoas e peludinhos!!


;D

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Gastrite por cuidado excessivo


Olá pessoal, essa semana estava navegando pelo site da Veja, e me deparei com uma reportagem muito interessante, que falava a respeito de que ao tratar seu pet como gente, você pode provocar gastrite nele. Vamos então falar sobre os pontos importantes deste assunto.

A gastrite é uma inflamação da mucosa estomacal, e pode ser devido inúmeras causas:
- Alimentação: dietas à base de salame, pizza, bolacha e doces; excesso de sal, gordura e condimentos; comida muito fria ou muito quente; volume excessivo de comida.
- Corpo estranho: ingestão de objetos que se alojam no estômago e causam irritação local.
- Estresse: nesses casos, pra vocês entenderem melhor, basta comparar com a “famosa” gastrite nervosa em humanos. Qualquer fator que deixe seu animal estressado, como passar  dia sozinho em casa, introdução de um novo animal em casa, etc.
- Remédios: principalmente antiinflamatórios e corticóides; além das medicações usadas pelo donos administradas pelo dono ao animal sem aval veterinário.
- Doenças: alterações no esôfago, insuficiência renal e hepática e algumas infecções.
- Alergia alimentar: Alguns animais, e isso tem se tornado cada vez mais comum, desenvolvem alergia a algum tipo específico de alimento, e dentre eles, alergia à proteína da carne de vaca tem sido bastante relatada.



 
FIQUE ATENTO! 
Um cão ou gato com gastrite pode apresentar os seguintes sintomas:
- Mudança de comportamento: o animal fica mais amuado, quieto, e arqueado (pela dor abdominal).
- Distúrbio alimentar: ou ele não come ou come e depois vomita ou ainda passa a querer coisas que não costumava consumir.
- Fezes escuras, enegrecidas e/ou com presença de sangue.
- Cão vegetariano: quando um cão passa a comer plantas por vontade própria, pode ser um indicativo de que ele esteja procurando algo para comer que proteja seu estômago, MAS nem todo cão que aprecia o verde tem problemas no estômago, uma vez que os cães não são animais estritamente carnívoros. PORÉM, um gato, e este sim é estritamente carnívoro, se estiver ingerindo plantas/ alimentos verdes por conta própria, o que não é normal, deve ser encaminhando a uma consulta veterinária.

Ao perceber algum destes sintomas, leve seu pet ao veterinário, e evite problemas mais sérios. Uma simples gastrite, se não tratada, ou tratada erroneamente, pode evoluir para úlceras e até perfuração do estômago, e em casos graves, levar o animal a morte.


POR ISSO, A PREVENÇÃO É SEMPRE O MELHOR REMÉDIO!





LEMBRE-SE:
- NUNCA AUTO-MEDIQUE SEU CÃO!
- AS NECESSIDADES NUTRICIONAIS DE UM CÃO OU GATO SÃO ENCONTRADAS EM RAÇÕES, A NÃO SER EM CASOS DE ORIENTAÇÃO VETERINÁRIA, NÃO FORNEÇA A SEU PET SEU MENU DE REFEIÇÕES, É PRO BEM DELE!
- EVITE AO MÁXIMO PETISCOS QUE NÃO SEJAM DA LINHA VETERINÁRIA!
- QUALQUER SUSPEITA DE GASTRITE, LEVE-O AO VETERINÁRIO!


Por hoje é isso.

Muito obrigada e até a próxima!

Fontes: VEJA
              Getty Images

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Fisioterapia animal!!!


Olá pessoas!
Pedi especialmente ao nosso parceiro da Rehabpet, André Iurchiag, para nos dar informações mais detalhadas sobre esse assunto já que ele é especialista. Abaixo seguem informações e esclarecimentos sobre a fisioterapia nos animais, que é de suma importância.

"A fisioterapia veterinária tem o objetivo de reabilitar e melhorar a qualidade de vida do animal. Ela não é apenas aplicada em casos que o animal sofreu um acidente e foi submetido a uma cirurgia ortopédica, mas também em casos de doenças neurológicas como por exemplo: doenças degenerativas ou animais que contraíram cinomose e ficaram com alguma seqüela neurológica.
Também pode previnir algumas doenças como hérnia de disco através de um trabalho
de condicionamento físico e fortalecimento muscular.
Para atingir estes objetivos a fisioterapia conta com algumas modalidades terapêuticas
como:

Cinesioterapia: É uma terapia de movimento que se utiliza de alongamentos,
caminhada em pistas de obstáculos e exercícios em bola suíça (bola de Pilattes), essa
modalidade é indicada principalmente para patologias neurológicas, pós-cirurgico
ortopédico e condicionamento fisico

Termoterapia: Terapia de calor utilizada em casos de inflamação local, contratura
muscular...
Para isso é utilizado principalmente aparelhos de ultrassom terapêutico, bolsas e mantas
térmicas

Crioterapia: Terapia do frio, utilizada para diminuir edemas principalmente nas
primeiras 72 horas após um trauma (que pode ser desde um acidente, distensão, ou
ate mesmo uma intervenção cirúrgica). Nesta modalidade é utilizada principalmente
massagem com gelo, boslas de gelo e água fria.

Hidroterapia: Terapia da água,hoje em dia é uma das modalidades mais indicada pra
quase todos os casos fisioterápicos, tanto ortopédicos como também neurológicos nessa
modalidade pode ser utilizada piscinas, esteiras aquáticas e geralmente a hidroterapia
pode ser associada com a termoterapia (água quente) e a crioterapia (utilizando água
fria)

Eletroterapia: Terapia que se utiliza de corrente elétrica e é subdividida em duas
modalidades: TENS (Transcutaneous electrical nerve stimulation) e é extremamente
útil para analgesia e FES (Functional Electrical Stimulation) que é indicado
principalmente em casos de atrofia muscular.

Laserterapia: É uma terapia bastante nova na veterinária, que se utiliza da aplicação de
laser de baixa intensidade, O laser na veterinária tem uma INFINIDADE de indicações,
na fisioterapia a laserterapia é utilizada para analgesia, como anti inflamatório e
cicatrização.

A fisioterapia pode auxiliar em muitos casos, seja para reabilitação como para
condicionamento físico para evitar doenças."

Fale com seu veterinário.

Mais informações em:

http://www.facebook.com/rehabpet

http://www.rehabpetno.blogspot.com/

Aqui seguem os links para os casos do Dr. André, todos atendidos com Fisioterapia!

Animal com seqüela de cinomose fazendo cinesioterapia

http://www.facebook.com/photo.php?
fbid=298803470146562&set=pu.219248328102077&type=1&theater


Pastora alemã com displasia fazendo TENS
http://www.facebook.com/photo.php?
fbid=316190915074484&set=a.230599203633656.75896.219248328102077&type=1&
theater


Labrador com hérnia de disco reabilitado apenas com laser

http://www.youtube.com/watch?v=GSmMZ4qQaKQ&feature=player_embedded

Agradeço ao André que nos disponibilizou essas informações, qualquer dúvida entre em contato com seu veterinário ou nos links acima.
Lembrando que a fisioterapia não deve ser realizada sem o acompanhamento veterinário!
Por hoje é isso e até a próxima!!