quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Arterite Viral Equina (AVE)

Introdução:



É uma doença infecciosa provocada por um vírus que se manifesta por meio de sintomas respiratórios, de caráter cosmopolita.


Acomete mais a espécie eqüina, causando aborto em éguas, além de restrições internacionais para o tráfego e comercialização de animais e sêmen.


Epidemiologia:


A doença aparece principalmente em cavalos de raças puras, de todas as idades. Nos potros desde o desmame até um ou dois anos de idade, mas a manifestação do vírus é mais grave em cavalos adultos. A doença ocorre em áreas de alta concentração de animais, pois o vírus dissemina-se rapidamente num grupo de eqüinos suscetíveis.


A exposição ao vírus da arterite pode resultar no desenvolvimento da infecção com manifestações clínicas características ou ter uma evolução assintomática.


Transmissão:


A infecção se instala durante a fase aguda, mais freqüentemente, por meio das vias respiratórias, orais, aerosóis, fômites, água, sangue e alimentos contaminados por secreções e excreções de animais doentes, venéreas, no contato com fetos abortados e placenta no pasto ou mesmo no simples contato entre os animais doentes e sadios. Potros nascidos de éguas soropositivas adquirem anticorpos através da ingestão do colostro, tornando-se soronegativos.


O vírus é encontrado nas secreções respiratórias e em outros tecidos. O período de incubação da doença varia, com uma média de 7 dias, seguido por um quadro febril de 39 a 41ºC, justamente quando o vírus está presente no sangue. A doença pode permanecer no animal por até 8 dias.


Sinais Clínicos:


Apesar da maioria dos casos de AVE serem subclínicos, pode haver a doença variando quanto à severidade.


Os sintomas respiratórios caracterizam-se principalmente por corrimento nasal, congestão, lacrimejamento, conjuntivite, edema palpebral, e edema pulmonar. O animal ainda apresenta fraqueza muscular, tosse, apatia, depressão, falta de apetite, diarréia e cólica. Alguns animais estabulados podem sofrer edemas dos membros, que nos garanhões pode se estender até o prepúcio e escroto e nas éguas até as mamas. Menos freqüentemente, observa-se fotofobia, leve opacidade córnea, dispnéia, instabilidade no caminhar, rigidez, ulceração e crepitação das articulações.


O principal sintoma dessa doença são os abortos, que podem chegar de 50 a 80% e ocorre de sete a quatorze dias após o início dos sintomas clínicos. Uma égua que é AVE negativa que tenha sido inseminada artificialmente com sêmen de um reprodutor AVE positivo, não corre o risco de abortar. Sem dúvida ela corre o risco de se contaminar com AVE e se colocar entre outras éguas prenhas que podem ter aborto.


O tratamento e o diagnóstico devem ser feitos por um Médico Veterinário!


Controle e prevenção:


Não podemos deixar de lembrar que toda doença infecciosa não é controlada somente através de vacinação, mas também por meio de estratégias como quarentena, divisão dos animais por categoria, identificação dos garanhões e éguas infectadas, boa higiene do manejo e das instalações.


REFERÊNCIAS


http://www.biologico.sp.gov.br/artigos_ok.php?id_artigo=145


http://www.abqm.com.br/SecaoTecnica/arterite.htm


http://www.tecsa.com.br/media/file/pdfs/DICAS%20DA%20SEMANA/EQUINOCULTURA%202010/Arterite%20viral%20equina.pdf


http://www.gege.agrarias.ufpr.br/Portugues/equideo/Arquivos/aula%20profilaxia%20e%20sanidade.pdf

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