segunda-feira, 31 de março de 2025

A Importância dos Projetos de Castração de Cães e Gatos no Brasil


A Importância dos Projetos de Castração de Cães e Gatos no Brasil

O controle populacional de cães e gatos é um desafio significativo no Brasil, onde milhares de animais vivem nas ruas, enfrentando abandono, fome e doenças. Projetos de castração surgem como uma solução humanitária e eficaz, não apenas para reduzir o número de animais abandonados, mas também para melhorar a saúde pública.

Redução de Animais em Situação de Rua

A superpopulação de animais domésticos é um problema que se agrava rapidamente. Uma única cadela não castrada pode gerar, em média, 16 filhotes por ano, enquanto uma gata pode ter até 12. Muitos desses filhotes acabam abandonados, aumentando o número de animais nas ruas.

A castração impede a reprodução descontrolada, reduzindo gradualmente a quantidade de animais abandonados. Isso diminui o sofrimento dos bichos, que muitas vezes são vítimas de maus-tratos, atropelamentos e doenças. Além disso, abrigos e ONGs ficam sobrecarregados com o alto número de resgates, e a castração ajuda a aliviar essa pressão.

Benefícios para a Saúde Pública

Animais abandonados podem transmitir zoonoses (doenças que passam de animais para humanos), como raiva, leishmaniose e toxoplasmose. Quando a população de cães e gatos nas ruas é grande, o risco de surtos aumenta. A castração, aliada à vacinação e à conscientização, ajuda a controlar essas doenças.

Além disso, animais castrados tendem a ser mais dóceis, reduzindo comportamentos agressivos e o risco de ataques. Eles também fogem menos, diminuindo a propagação de parasitas e o contato com outros animais doentes.

Impacto Econômico e Social

Manter animais nas ruas gera custos para os municípios, que precisam investir em captura, abrigos e, muitas vezes, em eutanásia (um método cruel e ineficaz a longo prazo). A castração é uma alternativa mais barata e sustentável, pois evita a reprodução desenfreada e reduz gastos públicos com saúde animal e humana.

Projetos de castração popular, especialmente em comunidades carentes, também promovem a posse responsável. Muitas pessoas não castram seus pets por falta de recursos, e programas gratuitos ou subsidiados ajudam a mudar essa realidade.


Investir em castração é cuidar do bem-estar animal e da sociedade como um todo. Campanhas de conscientização, parcerias entre prefeituras, clínicas veterinárias e ONGs, e políticas públicas eficientes são essenciais para ampliar o acesso a esse serviço.

Reduzir o número de animais abandonados significa menos sofrimento, menos doenças e uma convivência mais harmoniosa entre humanos e pets. A castração não é apenas um ato de compaixão – é uma necessidade para um futuro melhor.

Você apoia a castração de animais? Conhece algum projeto na sua cidade? Compartilhe e ajude a espalhar essa causa! 🐾

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Obesidade

Assim como em humanos, a obesidade em cães e gatos é um problema cada vez mais comum e pode afetar a saúde dos nossos animais de estimação. Quando um pet está com sobrepeso, ele fica mais propenso a desenvolver doenças sérias, como problemas cardíacos, diabetes, artrite e até dificuldades respiratórias. Mas a boa notícia é que, com cuidados simples, é possível prevenir e tratar a obesidade nos nossos bichinhos.

A obesidade por definição é o acumulo excessivo de gordura no corpo, e é considerado obesidade quando o animal esta de 15 a 20% acima do peso padrão da raça, outro parâmetro para avaliar se o animal esta acima do peso é através das costelas, que devem ser facilmente palpáveis, e o animalzinho deve ter uma cintura, se o bichinho estiver com uma forma abaulada provavelmente este está encaminhando para obesidade ou é obeso . Há algumas raças que são mais predisposta a obesidade como os labrador, beagle, basset hound, rottweiller, sendo mais comum animais adultos a idosos.

A obesidade pode ocorrer por diferentes motivos:

- Superalimentação (balanço energético positivo): que é a maioria dos casos, comum em animais que ficam a maior parte do tempo dormindo, e comem muito, e que o proprietário frequentemente oferece guloseimas, ou seja, comem mais do que gasta.

- Disfunção hormonal: como hipotireoidismo, neste caso o animal pode ter um aumento de peso moderado a acentuado, porém sem aumento do apetite, e geralmente essa disfunção vem associada a outros sinais como hipotermia, alterações dermatológicas, entre outros. Essa disfunção pode ser detectada através de dosagem dos níveis séricos de triglicerídeos, colesterol, e a função tireoidiana pelo T4 total, T4 livre e TSH.

- Estresse: Comum em animais que ficam muito sozinhos, e com carência de atenção, e para aliviar essa tensão acabam comendo mais que o necessário.

Além disso, fatores como genética, idade avançada, castração e até alguns problemas de saúde podem contribuir para o ganho de peso.

A alimentação inadequada também é um grande vilão. Petiscos em excesso, ração de baixa qualidade ou dar comida humana para o animal pode levar ao aumento de peso de maneira rápida e silenciosa.

O problema da obesidade vai muito além do que apenas a aparência, pode levar a sérias complicações como: problemas articulares e na coluna, alterações cardiovasculares, maior chance de desenvolver a diabetes, disfunção reprodutiva, transtornos cutâneos, lipidose hepática, e consequentemente menor expectativa de vida dos nossos bichinhos.

Como tratamento, inicialmente o proprietário deve se conscientizar de que seu animal esta obeso, e então sob orientação do médico veterinário iniciar uma dieta, associada a exercícios físicos. Hoje em dia existem diversas rações que apresentam menor concentração calórica (light), e também suplementos que ajudam na queima de gordura corporal, mantém a massa magra, diminui os níveis de estresse, e ainda faz o controle da glicemia.

Dicas para prevenção:

- Alimentação balanceada: Ofereça uma dieta equilibrada e adequada para a idade, raça e porte do seu pet. Evite dar petiscos em excesso e tenha cuidado com as sobras de comida humana.

- Exercícios regulares: Caminhadas diárias e brincadeiras são essenciais para manter o pet ativo e evitar o ganho de peso. Cada animal tem uma necessidade diferente de atividade física, então converse com o veterinário sobre a quantidade ideal para o seu pet.

- Visitas regulares ao veterinário: Consultas periódicas são importantes para monitorar o peso e garantir que o animal não tenha problemas de saúde relacionados à obesidade. O veterinário pode recomendar ajustes na alimentação ou um plano de emagrecimento adequado.

- Controle de porções: Use uma balança para medir a quantidade de ração que o seu pet deve comer. Seguir as recomendações do fabricante ou do veterinário ajuda a evitar o excesso de comida.

- Evite dar comida humana: Alimentos como pães, doces e comidas gordurosas não são bons para cães e gatos. Além disso, eles podem acabar acostumando-se com essa alimentação e rejeitar a ração.

Cuidar da alimentação e do peso do seu animal é essencial para garantir que ele tenha uma vida longa e saudável. Se o seu pet está com sobrepeso, não espere muito tempo para procurar ajuda.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

10 Vantagens de adotar um cão adulto!


Sabemos que a grande maioria das pessoas preferem um filhotinho para incluir na família.
Pensando nisso, e lendo sobre o assunto, achei legal comentar sobre a adoção de cães adultos! Levar um leigo a aceitar adotar um cão, ainda mais sem raça, já é uma luta, agora levá-lo a adotar um cão adulto é uma luta maior ainda. Quando se compra um cãozinho, como que por uma regra, o levamos pra casa filhotinho, afinal, eles são irresistíveis! Porém, os cães para a adoção, são em sua maioria abandonados depois de adultos, por inúmeros motivos. O que leva às pessoas a pensarem que os cães adultos estão sofridos demais para integrar uma nova família. P que não é exatamente verdade! Os cães abandonados só precisam de uma oportunidade pra mostrarem do que são capazes e se tornarem membros de novas famílias. Aqueles cães que chegam ao abrigo em condiçoes graves, não são disponíveis para adoção!

Ok, entendemos que os cães adultos merecem a adoção, mas, é possível criar um vínculo com um animal que você não criou? SIM. Cachorros de qualquer idade podem crescer muito apegados a quem lhe der carinho. E podem criar um vínculo bem rapidinho.

Pra simplificar, e pra gente realmente perceber que os cães adultos são incríveis e surpreendentes, aqui vão 10 vantagens de adotar um cãozinho adulto:
1. São mais tranqüilos, não latem muito e não choram à noite;
2. São mais obedientes por já terem uma capacidade de assimilação maior;
3. São mais independentes, caso tenham que ficar sozinhos por algumas horas;
4. Dificilmente destroem sapatos, móveis ou coisas dentro de casa;
5. Aprendem a fazer as necessidades no local adequado com maior facilidade e velocidade;
6. É mais fácil saber, antes de adotar, se ele é quieto, brincalhão, se gosta de correr ou se é mais reservado. Filhotinhos são encantadores, mas é impossível prever como serão quando crescerem
7. Você não terá dúvida alguma sobre o tamanho dele;
8. Se adaptam rapidamente ao ambiente e às pessoas da casa, incluindo as crianças;
9. São mais atentos a chegadas de pessoas;
10. Serão amigos fiéis e eternamente gratos a você, isso mesmo, os cães vindos de abrigos são muito mais gratos e saberão recompensá-lo com a maior demonstração de fidelidade, afeição e carinho por você.

Ainda com dúvida se deve adotar um cão adulto? Não fique. Ao contrário do que muitos acreditam, o cão adulto, quando adotado, aceita muito facilmente a mudança em sua vida (que sempre será para melhor), torna-se um animal muito alegre que, certamente, será seu maior amigo.

Adotar é um ato de AMOR!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Porque castrar?




    O primeiro motivo com certeza é o controle de natalidade. As ruas do país estão cheias de cães e gatos que além de ficarem abandonados, passando fome estão contraindo e distribuindo doenças por aí, e não só doenças que o seu bichinho em casa pode pegar, mas doenças que nós mesmo podemos adquirir, as chamadas zoonoses.
    Para diminuir o número de animais de rua o trabalho começa em casa, se você não deseja que seu bichinho tenha filhotes castre ele, mesmo se for macho, afinal muitas vezes nossos bichinhos escapam para a rua, e é nessa escapada que ele pode emprenhar um animal de rua e aí são mais 5, 6, 7 as vezes até 10 bichinhos na rua. Nos casos dos gatos, a castração se torna indspensável, pois além da disseminação de zoonoses, os felinos conseguem ter várias prenhes durante o ano, diferente dos cães que tem o período fértil de uma a duas vezes por ano.
    Muitas cidades possuem centros de zoonoses com programas de castração, tornando o custo baixo e acessivel a toda população.
    Além do controle de natalidade, alguns animais podem ter uma maior predisposição a desenvolver algumas doenças ligadas ao trato reprodutivo, e a castração pode ajudar a previnir essas enfermidades. O ideal é procurar um médco veterinário e conversar a respeito, assim ele pode avaliar de forma individual e aconselhar a melhor opção para o seu pet!
    


terça-feira, 21 de março de 2017

O que fazer em casos de emergência e urgência com meu cão ou gato??



Olá!! 

Muitas vezes nossos peludos passam por situações específicas e nos vemos perdidos e sem saber como ajudar até a chegada ao veterinário. 

Esse post tem o objetivo de esclarecer algumas dúvidas e instruir sobre alguns procedimentos que vão anteceder a ida ao veterinário e que podem ajudar muito o seu peludo em casos de urgência e emergência. 

Lembrando que nenhum desses procedimentos em caso algum vai substituir a ida ao veterinário e só devem ser feitos sob a certeza de que o tutor consegue realiza-los e após avaliação prévia do quadro do paciente e contato com o veterinário responsável. 

Então vamos lá...

Como diferenciar Urgência de Emergência?

Os casos de emergência são aqueles em que o cão/gato estão em risco de morte e precisam de atendimento iminente e o mais rápido possível, situações como: choque hipovolêmico, picada de cobras ou aranhas, atropelamentos graves, sangramentos excessivos, parada cardiorrespiratória, envenenamentos, choques elétricos, afogamentos, exposição a fumaça de incêndios e convulsões. 

Já os casos de urgência são os que tem menor gravidade mas que o paciente ainda precisa de atendimento o mais rápido possível. Dentre eles: vomito ou diarreia intensos, apatia por mais de alguns dias, anorexia prolongada, problemas na hora do parto, ausência de urina ou fezes por mais de 24 horas, ingestão de substancias nocivas em pequena quantidade, atropelamentos menos graves mas com fraturas, cortes e lacerações sem sangramento excessivo e quadros de convulsão (aqui são aqueles quadros em que o cão ou gato tem um ou dois episódios de convulsão no dia anterior por exemplo. Os quadros de vários episódios em sequencia e sem cessar se encaixam nos casos de emergência). 

E o que fazer especificamente em cada caso? 

Nos casos de emergência levar o seu peludo o mais rápido possível até o veterinário de sua confiança e responsável por ele. Aqui o importante é que a clínica tenha todo o suporte necessário para atender o seu peludo, como: cilindro de oxigênio, monitor multiparamétrico, centro cirúrgico e anestesista de prontidão, internamento adequado, medicamentos específicos e profissionais capacitados. 

Os sinais de que seu peludo estão em choque são: respiração acelerada, temperatura corporal abaixo de 37°, gengivas pálidas, perda ou não da consciência, e batimentos acelerados. 

No caso de atropelamentos graves o ideal é que o paciente seja levado até a clínica o mais imobilizado possível sem solavancos no caminho. Nesse quadro forçar o animal a entrar na caixinha de transporte pode prejudicar seu quadro. Em alguns casos pode ser necessário improvisar uma maca para poder ser feita a imobilização correta e utilizar de faixas ou panos limpos para manter o animal nela. Em caso de quadros de convulsões a imobilização também é crucial para que o animal não se machuque e chegue integro até o atendimento veterinário. 

Nos casos de parada cardiorrespiratória, no caminho até o veterinário, pode ser realizada a massagem cardíaca e a respiração animal. 
Para a respiração é necessário fechar o focinho do paciente e segurar firme, eleve sua cabeça e sopre para as narinas até perceber o peito se elevando. Repita esse procedimento de 8 a 10 vezes em um minuto. 
Para a massagem cardíaca, deite o cão/gato de lado e pressione a palma da mão sobre o coração (na região embaixo da pata - axilas), utilize a mão esquerda sobre a direita e pressione, cerca de uma vez a cada segundo e solte. Esse procedimento deve ser realizado durante todo o caminho até o veterinário. 

Em casos de emergência é imprescindível que você leve seu cão até o veterinário o mais rápido possível e que não tente manobras em casa. Seu peludo precisa de um atendimento especializado e a realização de algumas manobras pode prejudicar o quadro do seu peludo. 

Em casos de ataques e mordidas de outros cães NÃO DE BANHO em seu peludo. O banho pode levar contaminação de outros locais do corpo até as perfurações e piorar o quadro. Mordidas são sempre contaminadas. Muito cuidado com esses quadros. 

Nos sangramentos externos, visíveis e pequenos aplicar um pano limpo e comprimir o local para que o sangramento estanque. Nos cortes mais profundos aplicar uma compressa de gaze e colocar uma atadura sobre o local para evitar uma perda massiva de sangue e encaminhar o paciente ao veterinário. Se houver alguma sujidade sobre a lesão lavar antes com solução fisiológica e após aplicar as compressas. Não usar água oxigenada -  ela pode ajudar a aumentar a contaminação. 

Nos casos de picada de animais peçonhentos haverá um inchaço e também o reconhecimento das perfurações da presa do animal. Nesse caso o animal deve ser mantido o mais calmo possível e se possível colocar gelo sobre a picada (as vezes pelo quadro ser muito doloroso pode não ser possível) e ser encaminhado o mais rápido possível ao veterinário. 

Lembre-se sempre que o profissional mais indicado para o seu peludo é o Medico (a) Veterinário (a). 

NUNCA tente nada sem orientações em casa e que possa prejudicar seu animal. 
NÃO INDUZA o vomito a não ser que tenha sido orientado pelo seu vet. 
FIQUE ATENTO ao comportamento de seu peludo, qualquer mudança deve ser vista com atenção e cuidado. 
MANTENHA ele sempre em um local seguro, livre de possíveis objetos que possam ser prejudiciais a ele. 
E se caso ocorra alguma desses situações citadas acima entre em contato com seu vet de confiança. 

Quem ama, cuida! 

Até a próxima.









segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Leishmaniose, oque é? e porque todos devemos nos preocupar?



   A leishmaniose é uma doença causada por um protozoário chamado leishmania spp, que é transmitida pela fêmea do mosquito palha infectada, apenas a fêmea é hematófaga, pois ela precisa de sangue para fazer a postura dos ovos, e cada postura a fêmea deposita cerca de 100 ovos.
Esse vetor (mosquito palha) se desenvolve em solo úmido, rico em matéria orgânica em decomposição, com pouca luminosidade, e ficam muito mais ativos ao entardecer e a noite.
 
   A doença pode acometer humanos, cães, gatos e outras espécies, sendo que dentre os animais os cães são a maior preocupação, pois podem ser os reservatórios da doença mais próximos ao humano, com relação aos gatos, estes também podem adquirir a doença, mas estes parecem ter uma resistência natural, e geralmente os gatos que desenvolvem a doença são os que já têm alguma doença imunossupressora, porém ainda não é bem esclarecido. É sempre importante ressaltar que a transmissão da doença, nunca ocorre por contato direto entre as espécies, e sim por intermédio da picada do vetor.

   Após a transmissão da doença, o parasita pode ficar encubado durante alguns meses até anos no paciente, até que se iniciem os sinais clínicos, e dependendo da espécie da leishmania, essas podem se multiplicar e ficar apenas no local da picada, ou disseminar-se para outros órgãos, e isso faz com que haja a classificação da leishmaniose em tegumentar e visceral ou calazar.

   Na leishmaniose tegumentar o protozoário se multiplica no interior de células denominadas macrófagos, fazendo com que apareçam nódulos, que levará a formação de úlceras, que não causam dor e não são pruriginosas (não coçam), e a quantidade de lesões, varia conforme a quantidade de picadas. Os locais mais acometidos são as regiões com pouco ou nenhum pêlo, como: bolsa escrotal, focinho, boca, prepúcio.

   Na leishmaniose visceral ou calazar, cerca de 60% dos animais portadores da doença são assintomáticos, mas após a inoculação do protozoário no organismo do paciente, também ocorre uma proliferação destes no local da picada e em seguida a disseminação sistêmica, levando a diversas alterações clínicas, como: quedas de pêlos, crescimento exagerado das unhas, emagrecimento progressivo, aumento de gânglios linfáticos, fraqueza, vômito, diarreia, falta de apetite, doenças oftálmicas, dores e inchaços articulares, disfunção renal e hepática.

   Para o diagnóstico da doença, o profissional da área da saúde que irá atender deve estar atento aos sinais clínicos, levando em consideração se o paciente visitou ou é de uma região endêmica. E existem diversos exames laboratoriais para confirmar ou descartar a doença, que deve sempre ser conduzido por um profissional capacitado.

   O tratamento da leishmaniose nos cães sempre foi bastante discutido, pois até poucos meses não havia uma medicação aprovada, que fosse destinada para o tratamento da leishmaniose na veterinária, sendo assim, a recomendação para os casos de cães positivos para a doença, é que fossem submetidos à eutanásia. Mas no final do ano passado foi aprovada pelo ministério da agricultura uma medicação chamada Milteforan® da Virbac (Saiba mais sobre a medicação), para tratamento de cães com leishmaniose, essa medicação faz com que haja diminuição da carga parasitária do portador, consequentemente melhorando os sinais clínicos, mas todo paciente que faz uso da medicação após o tratamento deve fazer acompanhamento veterinário periodicamente, pois o tratamento não promove à cura, fazendo-se de grande valia a conscientização do tutor, para que faça os acompanhamentos e que não negligencie a importância disso.

   Algumas formas para a prevenção da doença e cuidados que se deve ter com os animais portadores em tratamento são: evitar acúmulo de matéria orgânica no ambiente, usar coleiras repelentes, telas em janelas para evitar a entrada do mosquito, evitar ficar exposto ao entardecer que é quando o vetor está mais ativo.

   A leishmaniose é uma doença que gera grandes preocupações na saúde pública, por ser uma doença grave, que gera grande taxa na mortalidade em humanos. Por isso deve ser levada a sério por todos os profissionais de saúde, notificando os casos suspeitos e orientando a população. 


domingo, 12 de fevereiro de 2017

Seu cachorro come grama? Saiba por quê!



Isso é muito mais comum do que você imagina. Mas é importante ficar atento a alguns sinais para que isto não se torne um problema ao seu cãozinho.

Vamos lá.

Cães são animais semi carnívoros, ou seja, diferente dos gatos que são estritamente carnívoros, os cães também procuram e se interessam por outros alimentos como a grama, mato, frutas ou outros tipos de alimentos que contenham fibras.


Então o primeiro ponto importante é: eles gostam de comer grama! E podem ingerí-la quando estão com fome.

Em outras situações, ainda não 100% comprovadas cientificamente, cães procuram grama ou outra fonte de fibras para ingerir quando estão com algum desconforto gástrico ou intestinal. Mas por quê? A grama causa uma irritação na mucosa estomacal, induzindo o animal a vomitar, ou seja, é um tipo de terapia natural para aliviar tal desconforto, além do que as fibras ajudam a acelerar o transito gastrointestinal. O ponto importante em questão é: por que eles estariam com desconforto? É comum eles comerem algo que não fez bem e induzir o vômito aliviaria tal situação, mas também pode acontecer por problemas mais sérios como gastrite crônica, presença de vermes intestinais, falta de água na dieta, uma dieta inadequada (que não tenha os componentes necessários e boas quantidades para uma boa alimentação) e até mesmo obstrução e corpo estranho estomacal ou intestinal.


Dica #1: para saber se a dieta do seu animal é adequada ou não sempre procure um médico veterinário, a única pessoa capaz de diagnosticar qualquer problema na dieta do seu cão. Mas se por ventura, você quer adicionar um pouco mais de fibra na dieta do seu cão, essa receita de cookies do famoso site Cachorro Verde é super interessante e prática, e baseada em experiência própria, os cães adoram!

Dica #2: sobre desvermifugar seu animal é importante procurar a orientação do médico veterinário, pois é baseado na rotina do seu cão que o doutor vai decidir de quanto em quanto tempo é necessário desvermifugá-lo e qual tipo de vermífugo utilizar. De uma forma geral, indica-se desvermifugar seu cão a cada 4-6 meses. 

Dica #3: cuidado com qual grama seu animal come, como assim? Se você leva seu cãozinho pra passear com frequência em praças, parques e locais públicos, fique atento, pois a ingestão de grama nesses lugares pode não ser indicado, uma vez que ele pode ingerir pesticidas, venenos e urina e fezes de outros cães que podem não estar com a saúde em dia e se caso isso acontecer, seu amiguinho pode adquirir alguma doença transmissível por esses meios, Hoje no mercado pet já é possível encontrar gramas artificiais que seu cão pode comer, muito bacana, né?




Outras duas situações que podem levar seu cão a comer grama são a ansiedade e o instinto de caça. Animais que não tem muita atenção, ficam muito sozinhos, tem pouca atividade física e mental podem desenvolver falhas no comportamento, como comer grama, latir mais que o normal e criar hábitos que antigamente não tinham, fique atento, e se caso perceber essas mudanças, marque um consulta com seu médico veterinário de confiança. Já sobre o instinto de caça, alguns estudos apontam que para reconhecer melhor sua presa é normal os predadores ingerirem a grama por onde as presas passaram, interessante, não é? Portanto, se seu cão é um caçadorzinho nato, vale sim comer grama!

Com todas essas informações é fato que os cães são animais extremamente sábios, não é mesmo? A gente sempre pode aprender muito com eles, e se apaixonar cada vez mais por esses peludos de quatro patas.

Espero que tenham gostado, até a próxima pessoal!


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