Uma das afecções mais comumente
encontradas na laringe é a hemiplegia laringeana, conhecida também como: neuropatia
laringeana recorrente, paralisia da laringe, “cavalo roncador” ou “chiador”. É
um distúrbio em que há paralisia incompleta ou total da musculatura da laringe
impedindo a abertura e o fechamento eficaz das cartilagens aritenóides. Como
consequência desta paralisia, os animais apresentam sinais clínicos de ronco ao
trote ou galope e em casos mais severos pode ocorrer hipóxia.
Na maioria dos casos não existe
uma causa conhecida para a paralisia laringeana, chamada de Hemiplegia
Laringeana Idiopática. A maior parte dos casos clinicamente detectáveis acomete
o nervo laríngeo recorrente esquerdo, mas pode acometer o direito também,
embora em menor grau.
Prováveis causas da paralisia de
laringe:
- Compressão ou estiramento mecânico do nervo laríngeo
recorrente esquerdo ao passar pelo arco-aórtico.
- Neuropatias induzidas por vírus ou bactérias.
- Deficiências vitamínicas.
- Secundariamente a infecções perivasculares ou perineurais.
- Intoxicação por carrapaticidas, envenenamento por chumbo, micose nas bolsas guturais, neoplasias, acidentes traumáticos na região do pescoço.
- Neuropatias induzidas por vírus ou bactérias.
- Deficiências vitamínicas.
- Secundariamente a infecções perivasculares ou perineurais.
- Intoxicação por carrapaticidas, envenenamento por chumbo, micose nas bolsas guturais, neoplasias, acidentes traumáticos na região do pescoço.
O nervo laríngeo recorrente é o
responsável pela inervação de grande parte de estruturas anatômicas. A
compressão ou lesão neste nervo ocasionará uma movimentação deficiente das
cartilagens aritenóides, levando a uma diminuição do fluxo de ar.
A apresentação clínica se dá especialmente
pela queda no rendimento desportivo e pelo ruído durante o exercício e o
diagnóstico é feito por meio do histórico, exames físico e endoscópico das vias
aéreas. A endoscopia é essencial e conclusiva para um diagnóstico preciso,
sendo realizada em três momentos: com o animal em repouso, durante e logo após
o exercício.
A Hemiplegia Laringeana
Idiopática pode ocorrer em diferentes graus.
Grau I - aparência de assimetria como um artefato, devido à
posição do endoscópio.
Grau II - a maioria dos movimentos são simétricos com abdução total. A sincronia ou atraso na abdução pode ser vista, principalmente, na aritenóide esquerda.
Grau III - assimetria, porém com plena abdução
Grau IV - assimetria é marcada, não há plena abdução, mas alguns movimentos estão presentes.
Grau V - Hemiplegia verdadeira – assimetria marcada com ausência de movimento do lado afetado e não há resposta ao “Slap Test”
Grau II - a maioria dos movimentos são simétricos com abdução total. A sincronia ou atraso na abdução pode ser vista, principalmente, na aritenóide esquerda.
Grau III - assimetria, porém com plena abdução
Grau IV - assimetria é marcada, não há plena abdução, mas alguns movimentos estão presentes.
Grau V - Hemiplegia verdadeira – assimetria marcada com ausência de movimento do lado afetado e não há resposta ao “Slap Test”
O tratamento de eleição na
maioria dos casos é cirúrgico. Em animais atletas, geralmente é instituída uma
técnica cirúrgica específica que irá reduzir o ruído e melhorar o fluxo de ar
para melhorar o rendimento do animal durante o exercício. Porém, em casos em
que o cavalo é atendido precocemente, pode ser instituído um tratamento
conservador, o qual dependerá da causa primária da lesão.
Complicações e erros cirúrgicos
podem ocorrer, por exemplo, a cartilagem retornar à posição original e assim o
animal volta a roncar.
O prognóstico deve ser
considerado reservado, uma vez que o animal pode ter seu desempenho atlético
comprometido, mas isto depende muito do nível de atividade desempenhada pelo
animal.