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quarta-feira, 4 de junho de 2025

NÓDULOS EM CÃES E GATOS: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE TUMORES E TRATAMENTOS

🐾 Encontrar um caroço no seu pet pode ser assustador, mas nem sempre significa câncer. Nódulos podem ter várias causas – desde inflamações simples até neoplasias malignas. Aqui está um guia completo para entender, diagnosticar e tratar!


🔍 O QUE PODE SER UM NÓDULO?

✅ Neoplasias (tumores) – Benignos ou malignos (câncer).
✅ Abscessos – Acúmulo de pus por infecção.
✅ Cistos – Bolsas cheias de líquido.
✅ Processos inflamatórios – Reações alérgicas ou picadas.

⚠️ Fatores de risco:

  • Genética (algumas raças são mais predispostas).

  • Uso de anticoncepcionais (aumenta risco de tumores mamários).

  • Idade (mais comum em pets idosos).


🐕 TUMORES MAIS COMUNS EM CÃES

TipoCaracterísticasRaças mais afetadas
OsteossarcomaTumor ósseo agressivo, comum em membrosGrandes portes (Pastor Alemão, Rottweiler)
Neoplasia Mamária50% dos casos em cadelas (principalmente não castradas)Poodles, Dachshunds
LinfomaAumento de gânglios linfáticosGolden Retrievers, Boxers
MastocitomaTumor de pele, pode liberar histaminaBoxers, Bulldogs

🐈 TUMORES MAIS COMUNS EM GATOS

TipoCaracterísticasRaças mais afetadas
Carcinoma de Células EscamosasLesões em orelhas, nariz (comum em gatos brancos)Pelagem clara
Neoplasia MamáriaMais agressiva que em cadelasSiameses, não castradas
Leucemia Felina (FeLV)Associada ao vírus da leucemiaGatos com acesso à rua
LinfomaAfeta intestino ou gângliosGatos FeLV+

🩺 COMO DIAGNOSTICAR?

Se encontrar um nódulo no seu pet:

1️⃣ Inspecione o corpo todo (procure outros caroços).
2️⃣ Observe se há dor, vermelhidão ou secreção.
3️⃣ NÃO ESPERE – leve ao veterinário urgente!

Exames necessários:

  • Citologia aspirativa (coleta de células com agulha).

  • Biópsia (se a citologia for inconclusiva).

  • Raio-X/Ultrassom (para ver metástases).

  • Hemograma (avalia saúde geral).


💊 TRATAMENTOS DISPONÍVEIS

1️⃣ Cirurgia

  • Melhor opção se o tumor for localizado e sem metástase.

  • Margem ampla de segurança para evitar recidiva.

2️⃣ Quimioterapia

  • Usada em linfomas e leucemias.

  • Efeitos colaterais menores que em humanos.

3️⃣ Radioterapia

  • Para tumores não operáveis ou após cirurgia.

4️⃣ Tratamento Paliativo

  • Analgésicos, anti-inflamatórios e suporte nutricional.

  • Foco em qualidade de vida.


🛡️ COMO PREVENIR?

✔️ Castração precoce (reduz tumores mamários em 90%!).
✔️ Nunca use anticoncepcionais em cadelas/gatas.
✔️ Alimentação balanceada e exercícios.
✔️ Check-ups anuais (principalmente em pets idosos).


❤️ MENSAGEM FINAL

Nem todo nódulo é câncer, mas todo nódulo merece atenção! Quanto antes for diagnosticado, maiores as chances de cura.

"Seu pet depende de você para detectar o que ele não pode dizer."

💬 Seu pet já teve um nódulo? Como foi o tratamento? Conte nos comentários! 👇

#SaúdePet #CâncerEmAnimais #MedicinaVeterinária

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Osteossarcoma



Os osteossarcomas são os tumores ósseos primários mais comuns em cães, 80% a 95% das neoplasias ósseas diagnosticadas, sendo de ocorrência menos freqüente no gato.
É um tumor mesenquimal maligno de células ósseas primitivas que histologicamente é composto por células mesenquimais anaplásicas que produzem osteóides. Localmente invasivo e rapidamente metastático, com forte predileção pelo pulmão.
O OSA apendicular é observado com maior freqüência em cães de meia idade e idosos, de raças grandes e gigantes, mais em cães pesados, como: São Bernardo, Rottweiler, Doberman, Pastor Alemão, Golden Retriever, Boxer, Labrador e Mastiff.
A maioria surge do canal medular dos ossos longos, podendo algumas vezes originar-se na cortical e no periósteo, e a região metafisária é o sítio primário mais comum de ocorrência. Os membros torácicos são mais acometidos que os pélvicos.


A etiologia permanece desconhecida. Existem relatos de OSA apendicular em fraturas não tratadas, osteomielite crônica e nos sítios prévios de fraturas associados a implantes metálicos ou enxerto cortical. A radiação tem sido relatada como uma causa. Alterações genéticas foram observadas em cães com OSA e relatadas como um importante fator de risco para o desenvolvimento deste tumor.
Cães com osteossarcoma apendicular são comumente apresentados com claudicação, inchaço e edema no membro afetado. A massa é geralmente firme e dolorosa à palpação.
Animais com diagnóstico radiográfico de metástases podem permanecer assintomáticos por muitos meses, entretanto, alguns se tornam apáticos e anoréxicos dentro de um mês, podendo apresentar tosse, dispnéia, perda de peso e fraqueza.
O diagnóstico tem como base a história clínica, exame físico, radiográfico e citológico, sendo a confirmação, muitas vezes, feita por biópsia e exame histopatológico.
O exame radiográfico é o método mais utilizado para o diagnóstico, porém é apenas sugestivo, pois o aspecto radiográfico pode ser variável.
A citologia aspirativa com agulha fina pode propiciar o diagnóstico definitivo como meio menos invasivo e relativamente barato. Uma biópsia de tecido pode também ser usada para diagnóstico citológico preliminar, obtendo-se uma impressão sobre lâmina.
Também é de extrema valia o uso de outros recursos como a cintilografia, tomografia ou ressonância magnética, que mais detalhadamente avaliam a neoplasia quanto a sua característica e extensão.
Confirmado OSA, há muitas opções de tratamento e controle da doença na tentativa de conseguir boa qualidade de vida, triada nos resultados dos exames.
O primeiro tratamento para OSA apendicular em cães é a amputação do membro afetado. Sua principal vantagem é que o procedimento proporciona a ressecção completa do tumor primário e conseqüente alívio da dor, sendo considerada tratamento paliativo. Depois da amputação, 70% a 90% dos cães desenvolvem metástase pulmonar com até um ano de cirurgia, sendo que 85% dos cães morrem de doença metastática. Os 15% restantes são considerados curados.
Metastectomia pulmonar é descrita como um procedimento que pode contribuir significativamente, aumentando o tempo de sobrevida de cães acometidos por metástase pulmonar.
A resposta individual de cães à quimioterapia é imprevisível, podendo resultar em insucesso. No entanto, a administração de uma droga citotóxica é necessária em face da doença metastática para diminuir a carga total do tumor, prolongar o intervalo livre da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. Em cães com metástase clinicamente ou radiograficamente detectável, a quimioterapia parece ser usualmente inefetiva.
A radioterapia como tratamento, pode ocasionar o alívio ou até remissão da dor por longos períodos e o retardo do crescimento neoplásico e sua combinação com a cirurgia pode prolongar significativamente a sobrevida dos pacientes, podendo, às vezes, ser curativa.
Cães jovens parecem apresentar a doença biologicamente mais agressiva e um tempo de sobrevida mais curto. Quando localizados na porção proximal do úmero ou em animais com peso superior a 40Kg, parecem estar também associados a menor taxa de sobrevida. O OSA apendicular, quando tem origem periosteal, é considerado de alto grau de malignidade, mais invasivo e potencialmente metastático.
A presença de metástase, detectada no momento do diagnóstico do ostessarcoma, é reconhecida como um fator de prognóstico pobre, sendo o tratamento menos efetivo em aumentar o tempo de sobrevida.
Níveis elevados de fosfatase alcalina são também fatores de tempo de sobrevida mais curto, mesmo quando tratados agressivamente.
Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária
Oncologia Pet