Existem três principais métodos de
tratamento de neoplasias em animais e uma delas é a quimioterapia, na qual as
drogas utilizadas são as mesmas que na humana, porém em baixas dosagens. A
terapia do câncer deve ser feita especificamente para se adequar a um caso
individual, levando em consideração biologia, histologia, grau e extensão do
tumor.
Muitos fármacos distintos foram
identificados como apresentando atividade antineoplásica. Esses agentes podem
ser divididos em grupos com base em seu modo de ação, atividade antitumoral e
toxicidade.
Os principais fatores que
determinam a resposta de uma neoplasia às drogas são: taxa de crescimento da
neoplasia e resistência à droga, podendo evitar a ação dos fármacos por meio de
diversos mecanismos bioquímicos e metabólicos.
A quimioterapia normalmente
envolve condutas de tratamentos em que diferentes fases são descritas de acordo
com o resultado objetivado. As etapas são:
Terapia de indução: diminuir
a carga tumoral a um nível mínimo abaixo dos limites de detecção. Geralmente
envolve um procedimento intensivo de tratamento administrado durante um tempo
pré-determinado. Remissão clínica não significa cura.
Terapia de manutenção: quando é
possível alcançar a remissão clínica por meio do tratamento de indução, um
regime de tratamento menos intensivo pode ser adotado para manter a remissão.
Terapia de resgate: objetiva
estabelecer uma remissão mais favorecida do tumor, o que normalmente envolve
auxílio de terapia mais agressiva.
A principal indicação para
quimioterapia como primeira linha de tratamento é em distúrbios
linfoproliferativos e mieloproliferativos como, por exemplo, linfoma, mieloma e
tipos de leucemia.
As complicações da quimioterapia
podem surgir em qualquer época durante o tratamento. Alguns agentes citotóxicos
podem induzir às reações de hipersensibilidade e podem resultar em diversas
reações teciduais locais caso ocorra vazamento perivascular. As ações de drogas
citotóxicas não são seletivas para células tumorais e seus efeitos em tecidos
normais resultam em toxicidade e efeitos colaterais. Órgãos que apresentam
elevada proporção de células em divisão são mais susceptíveis à toxicidade
induzida por drogas. Deste modo, os efeitos colaterais mais comuns da quimioterapia
são:
Toxicidade na medula óssea:
mielossupressão, neutropenia e trombocitopenia.
Toxicidade gastrointestinal: anorexia,
náuseas, vômito e diarréia.
Nesses casos algo deve ser feito imediatamente, entre em contato com o
médico veterinário e leve para atendimento. Não espere o dia seguinte, pois o
quadro pode piorar intensamente.
A queda de pêlos, ao contrário dos humanos, é incomum após
quimioterapia de cães e gatos, porém pode ocorrer em algumas raças. Felizmente,
as células normais conseguem proliferar e substituir as células mortas pela
medicação e esses sintomas são temporários e revertidos com a interrupção do
tratamento.
Na maioria das vezes, os animais mantém suas atividades
normais como viajar, brincar com os familiares e com outros cães. Todavia,
alguns agentes citotóxicos apresentam efeitos colaterais menos reversíveis,
como cistite hemorrágica, cardiomiopatia e nefrotoxicidade.
Risco
para as pessoas conviverem com animais tratados com quimioterapia
Os quimioterápicos são medicações
excretadas do organismo através da urina e fezes. Isso geralmente ocorre 48
horas após o tratamento, mas pode persistir por mais 5 dias. Se possível,
determine uma área para seu cão defecar e urinar. Utilize luvas plásticas para
recolher as fezes e urina do cão, elimine todo o material utilizado para
limpar. No caso de gatos, que usam caixa sanitária, manipule com auxílio de pás
ou rastelos. No quintal lave bastante o local com água corrente. Mulheres
grávidas devem evitar contato total com as excretas dos animais.
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