terça-feira, 21 de março de 2017

O que fazer em casos de emergência e urgência com meu cão ou gato??



Olá!! 

Muitas vezes nossos peludos passam por situações específicas e nos vemos perdidos e sem saber como ajudar até a chegada ao veterinário. 

Esse post tem o objetivo de esclarecer algumas dúvidas e instruir sobre alguns procedimentos que vão anteceder a ida ao veterinário e que podem ajudar muito o seu peludo em casos de urgência e emergência. 

Lembrando que nenhum desses procedimentos em caso algum vai substituir a ida ao veterinário e só devem ser feitos sob a certeza de que o tutor consegue realiza-los e após avaliação prévia do quadro do paciente e contato com o veterinário responsável. 

Então vamos lá...

Como diferenciar Urgência de Emergência?

Os casos de emergência são aqueles em que o cão/gato estão em risco de morte e precisam de atendimento iminente e o mais rápido possível, situações como: choque hipovolêmico, picada de cobras ou aranhas, atropelamentos graves, sangramentos excessivos, parada cardiorrespiratória, envenenamentos, choques elétricos, afogamentos, exposição a fumaça de incêndios e convulsões. 

Já os casos de urgência são os que tem menor gravidade mas que o paciente ainda precisa de atendimento o mais rápido possível. Dentre eles: vomito ou diarreia intensos, apatia por mais de alguns dias, anorexia prolongada, problemas na hora do parto, ausência de urina ou fezes por mais de 24 horas, ingestão de substancias nocivas em pequena quantidade, atropelamentos menos graves mas com fraturas, cortes e lacerações sem sangramento excessivo e quadros de convulsão (aqui são aqueles quadros em que o cão ou gato tem um ou dois episódios de convulsão no dia anterior por exemplo. Os quadros de vários episódios em sequencia e sem cessar se encaixam nos casos de emergência). 

E o que fazer especificamente em cada caso? 

Nos casos de emergência levar o seu peludo o mais rápido possível até o veterinário de sua confiança e responsável por ele. Aqui o importante é que a clínica tenha todo o suporte necessário para atender o seu peludo, como: cilindro de oxigênio, monitor multiparamétrico, centro cirúrgico e anestesista de prontidão, internamento adequado, medicamentos específicos e profissionais capacitados. 

Os sinais de que seu peludo estão em choque são: respiração acelerada, temperatura corporal abaixo de 37°, gengivas pálidas, perda ou não da consciência, e batimentos acelerados. 

No caso de atropelamentos graves o ideal é que o paciente seja levado até a clínica o mais imobilizado possível sem solavancos no caminho. Nesse quadro forçar o animal a entrar na caixinha de transporte pode prejudicar seu quadro. Em alguns casos pode ser necessário improvisar uma maca para poder ser feita a imobilização correta e utilizar de faixas ou panos limpos para manter o animal nela. Em caso de quadros de convulsões a imobilização também é crucial para que o animal não se machuque e chegue integro até o atendimento veterinário. 

Nos casos de parada cardiorrespiratória, no caminho até o veterinário, pode ser realizada a massagem cardíaca e a respiração animal. 
Para a respiração é necessário fechar o focinho do paciente e segurar firme, eleve sua cabeça e sopre para as narinas até perceber o peito se elevando. Repita esse procedimento de 8 a 10 vezes em um minuto. 
Para a massagem cardíaca, deite o cão/gato de lado e pressione a palma da mão sobre o coração (na região embaixo da pata - axilas), utilize a mão esquerda sobre a direita e pressione, cerca de uma vez a cada segundo e solte. Esse procedimento deve ser realizado durante todo o caminho até o veterinário. 

Em casos de emergência é imprescindível que você leve seu cão até o veterinário o mais rápido possível e que não tente manobras em casa. Seu peludo precisa de um atendimento especializado e a realização de algumas manobras pode prejudicar o quadro do seu peludo. 

Em casos de ataques e mordidas de outros cães NÃO DE BANHO em seu peludo. O banho pode levar contaminação de outros locais do corpo até as perfurações e piorar o quadro. Mordidas são sempre contaminadas. Muito cuidado com esses quadros. 

Nos sangramentos externos, visíveis e pequenos aplicar um pano limpo e comprimir o local para que o sangramento estanque. Nos cortes mais profundos aplicar uma compressa de gaze e colocar uma atadura sobre o local para evitar uma perda massiva de sangue e encaminhar o paciente ao veterinário. Se houver alguma sujidade sobre a lesão lavar antes com solução fisiológica e após aplicar as compressas. Não usar água oxigenada -  ela pode ajudar a aumentar a contaminação. 

Nos casos de picada de animais peçonhentos haverá um inchaço e também o reconhecimento das perfurações da presa do animal. Nesse caso o animal deve ser mantido o mais calmo possível e se possível colocar gelo sobre a picada (as vezes pelo quadro ser muito doloroso pode não ser possível) e ser encaminhado o mais rápido possível ao veterinário. 

Lembre-se sempre que o profissional mais indicado para o seu peludo é o Medico (a) Veterinário (a). 

NUNCA tente nada sem orientações em casa e que possa prejudicar seu animal. 
NÃO INDUZA o vomito a não ser que tenha sido orientado pelo seu vet. 
FIQUE ATENTO ao comportamento de seu peludo, qualquer mudança deve ser vista com atenção e cuidado. 
MANTENHA ele sempre em um local seguro, livre de possíveis objetos que possam ser prejudiciais a ele. 
E se caso ocorra alguma desses situações citadas acima entre em contato com seu vet de confiança. 

Quem ama, cuida! 

Até a próxima.









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